Art Gallery AFK, Lisbon / Collective Exhibition

 

 

 

Anait Abramian

 

Annelies Blaam

 

Carlos Farinha

 

David Rosado

 

Jaya Suberg

 

Jesse Reno

 

Miroslava Rakovic

 

Paulo Moreira

 

Sibylle Schwarz

 

Tanya Wolski

 

 

As distintas referências ou territórios artísticos, desde expressionismo à arte brut, da abstracção ao neo-realismo, às subtis influências pop e à arte urbana, expressos em técnicas e mediums, que vão de vestígios dripping, à fotografia, ao desenho e edição digital, oferecem nesta mostra, um vislumbre conceptual e formal de rumos individuais dos seus autores.

 

Indícios de percursos artísticos, são um convite a uma reflexão, seja por contraste ou por afinidade, das práticas e pensamentos plásticos, de seus processos criativos no infindável fluxo imagético da pintura actual.

 

Em sentido mais lato, esta reflexão pode estender-se a uma das questões/tónicas centrais da arte contemporânea: o legado conceptual da ideia em detrimento da imagem, da manufactura e da estética.

 

Se toda a arte depois de Duchamp é conceptual (Kosuth), este pressuposto determina inevitavelmente a pintura contemporânea e o debate sobre a especificidade do medium proposto por Clement Greenberg. Esta inversão das proposições do paradigma modernista, não empobreceu a pintura, antes pelo contrário; as questões relativas aos processos de “desmaterialização” (Lucy Lippard) da obra de arte (ideia em detrimento da imagem e as rupturas entre arte e a manufactura - pop art e minimal), concorreram para uma expansão dos limites da construção pictórica, renovando-se década após década, promovendo diálogos e linguagens que proliferam em reformulações e conceitos. E, talvez mais do que nunca, a ideia (demonstração desta) e a experiência estética (liberta de delito), nos aproximem ainda mais de uma das funções (?) da arte, a “ampliação” da nossa experiência perceptiva (Moholy-Nagy).  / Filipe Sousa